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25 de outubro de 2013

EDITORIAL> Porque não devemos parar (ou restringir) a pesquisa científica sem entender os motivos?

Anos atrás (menos que dez e mais que cinco) me lembro de um causo curioso de minha cidade local, quando uma enorme campanha para ajudar uma criança com câncer se fez, mobilizando os noticiários locais (tanto em papel quanto em tv), e angariando uma boa quantia de fundos e tudo mais.

O propósito, de maneira bem simplificada (até porque eu nunca entrei muito em detalhes do caso) era conseguir fundos para 1) mandar a criança para a China onde 2) faria um tratamento caro (que, ao que diziam utilizaria células tronco, de novo reforço que eu nunca entrei em detalhes do caso).

Um belo dia, uma das pessoas trabalhando com a ONG montada para ajudar o guri me abordou.
E eu fui obrigado a perguntar a única coisa que eu sempre tive que saber, desde que a primeira notícia saiu em jornais: "Porque toda essa campanha para fazer um tratamento difícil e complexo em outro país - após uma longa viagem e extremamente cansativa - ao invés de brigar por reverter a legislação brasileira que não permite esse tipo de pesquisa?".

Obviamente, a pessoa que me questionou não tinha todas as informações, era apenas uma funcionária da ONG que acreditava numa causa e partia para angariar fundos para ela - sem se preocupar que teria gente chata para questionar seus motivos. E ela não foi capaz de me responder.

Eu nunca tive a resposta, mesmo depois do falecimento do infante, após uma ou duas sessões de tratamento (sim, na China), com a notícia saindo nos jornais e tudo mais.
Sei que a ONG continuou a existir - e com a mesma ideia de ajudar vítimas do mesmo tipo de câncer angariando valores para financiar o tratamento fora do país.

Agora, distorça um pouco a situação: Imagine que o Brasil tivesse legalizado/legitimado o tratamento em questão, que as universidades investissem em pesquisas e na tecnologia em questão...
Quantos novos empregos? Quantos recursos extras os hospitais (nesse caso) conseguiriam angariar? Quantas empresas poderiam surgir para atender a demanda de produtos específicos necessários para os procedimentos... ?

A situação com os animais é muito parecida.
Afinal, com notícias de prefeituras querendo banir os testes com animais, empresas como a Bayern (uma das maiores empresas de fabricação de compostos fármacos) não montariam filiais no Brasil... Tampouco surgiriam empresas nacionais desse mesmo calibre.

Como esperar o desenvolvimento sem pesquisa?
Ou o avanço de laboratórios sem equipamentos 'top de linha' - que não são necessários para pesquisa mais básica?

Mais uma vez, tenho de repetir o encerramento do texto de ontem: Crueldade é proliferar a ignorância.

Mais que isso, tenho que lembrar de alguns fatos que às vezes escapam da atenção popular, como o projeto da fotógrafa Canadense Sally Davies que por mais de dois anos tirou fotos diárias de um lanche do McDonalds (sem decompor - inclusive um sujeito de Ohio manteve por ainda mais tempo e teve as mesmas conclusões).

O site Natural News explica a situação com maiores detalhes (além dos químicos usados e tudo mais, a excedente quantia de sódio é a justificativa pra não decomposição da carne).

Talvez quando o "Amo muito tudo isso" chegar ao "Amo muito esse câncer" as pessoas passem a se preocupar mais com a ausência de testes médicos com animais...

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