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26 de outubro de 2013

EDITORIAL> O analfabetismo seletivo (ou um dos maiores males do século XXI)

Vovó já dizia que em Terra de cego, quem tem um olho é caolho.
Mas numa era de Informação, como a que vivemos, quem não é capaz de absorver o mínimo de qualidade de informação de um conteúdo, bem... Essa pessoa terá problemas.

(E)Ou gerará problemas.

A questão, porém, não está em ser incapaz de entender o conteúdo de um texto (o que seria o analfabetismo funcional) é a incapacidade de LER o conteúdo do texto, e absorver apenas o que interessa do conteúdo (o que eu batizo de analfabetismo seletivo).

Poderia gastar horas com exemplos sobre isso (droga, eu mesmo poderia me incluir algumas vezes, até dando aquela vergonhosa desculpa de 'pressa'), mas temos de entender a natureza desse problema, e mais do que isso, entender que a vítima dessa falácia é o próprio autor.

Afinal, o analfabeto não é capaz de ler, o analfabeto funcional não é capaz de compreender enquanto o analfabeto seletivo entende apenas o que lhe interessa de um texto, e isso é uma culpa direta de quem leu - e não quis se dar ao mínimo de trabalho de interpretar o texto.

Só que isso proporciona problemas diferentes, porque teremos coisas como a pura e simples má informação, a disseminação de informação ruim, e o pior de todos: O contestador ruidoso (de algo que inexiste).

Os dois últimos são muitos comuns na internet.
O Yahoo, por exemplo é um exemplo claro de disseminação de informação ruim (entre lá, títulos sensacionalistas de matérias - ou títulos que nada tem que ver com a matéria surgem diariamente aos montes), e nos fóruns, comentários e tantos outros espaços de informações da internet você encontra facilmente o segundo tipo (brigando com o autor do texto simplesmente porque não entendeu o que leu).

E isso é um problema contínuo (gerando ciclos e ciclos de discussões inúteis e infundadas) mas mais que isso é um problema assintomático.
De quem é a culpa?
Nos primeiros casos (analfabetismo e funcional) são culpa do sistema educacional, mesmo que indiretamente no segundo caso.
Mas o analfabeto seletivo... Bem... Esse pode e sabe ler, e opta por fazê-lo de maneira porca.
Agora a culpa é dele próprio ou de nosso mundo moderno em que o jornal diário traz mais palavras por dia que se lia anualmente no século XVIII?

Um comentário:

  1. Também encontrei este mesmo sintoma e batizei de analfabetismo seletivo, acho bem apropriado. 👍

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