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23 de julho de 2013

The Frontman (O vocalista), biografia de Bono


Eu, particularmente, odeio biografias.

Mais ainda quando se tratam de autobiografias (aí é batata que o próprio autor, mesmo sendo Hitler, constrói uma imagem mais perfeita que da Madre Teresa), o que não é o caso.

The Frontman (em tradução livre 'O vocalista' - mas que é um termo mais genérico para a pessoa que puxa a banda), escrito por Harry Browne e lançado em junho desse ano traz uma imagem diferente ao indicado ao Nobel da Paz e vocalista da mais bem sucedida banda de rock no mundo atualmente.
E é uma estrutura bastante interessante que traz luz a algumas situações e histórias mal contadas - e tão comuns aos grande 'humanitários' que dificilmente fazem algum bem a não ser a eles mesmos (vai dizer que você não conhece nenhum? Como aquele sujeito que pede doações para instituições de caridade mas não põe um centavo do bolso - e leva o dinheiro pessoalmente?)

Como a matéria do Estadão destaca:

"(o livro) Estrutura-se em três partes. A primeira, "Irlanda", examina mitos e realidades das origens de Bono em Dublin e sua afirmação como símbolo artístico e operador financeiro no "boom" da economia irlandesa, que cresceu incríveis 9% ao ano entre 1996 e 2001. A segunda, "África", mostra como Bono roubou o show no Live Aid de 1985 e emergiu como o maior defensor da causa africana na política ocidental. A terceira, "O Mundo", detona "amigos" suspeitíssimos, como Jesse Helms, Tony Blair e Paul Wolfowitz, e mostra que ele fechou com os missionários contra a camisinha na África e aceitou patrocínio de um fabricante de armas".

São acusações pesadas, e mostram uma imagem muito menos amigável de um homem que se diz tão militante dos direitos dos menos afortunados, que se superam ao descrevê-lo como "o frontman ideal para um sistema de exploração imperial cuja devastação permanece tão selvagem como no passado".

É interessante aproveitar - já que se está no assunto - e ver o documentário da BBC sobre a pobreza, questionando os milhões doados à África como no Live Aid (protagonizado por Bono e Bob Geldof nos anos 80), assim como o 'contra-ponto', Bono's politics (disponível para download gratuito) e que defende as atitudes do líder do U2 como o futuro do ativismo político das celebridades.

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