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7 de junho de 2013

Grandes Clássicos dos Quadrinhos: Maus

Se você quiser ignorar todas minhas sugestões, peço-lhe que não ignore pelo menos esta.

Maus de Art Spiegelman é uma obra que traz algo fascinante, único , enriquecedor e assustador - tudo em um conjunto apenas.

Contando a história através da própria história do autor (que mostra seu processo de construção e composição dos fatos conforme estes lhe são contados pelo 'herói' da paraabola, seu próprio pai), o autor conta a história da segunda guerra mundial como num filme da Disney, com animais assumindo os papéis humanos (portanto os nazistas são gatos enquanto os judeus são ratos), mas essa 'infantilização' é apenas estética, uma vez que a hitória é densa, detalhista dos horrores de campos de concentração e do impacto psicológico causado gerações após aos sobreviventes e seus filhos.

E não obstante é uma obra-prima, merecedora do Prêmio Pulitzer de 1992 (sendo a primeira graphic novel a conseguir tal feito), prêmio Eisner e presença em algumas listas como uma das obras mais importantes do século XX.

Se não bastasse, é um material incrível.

Pesado, brutal e de difícil digestão - Spiegelman não faz de seu pai um herói, na verdade o critica constantemente durante a condução da narrativa, nem romantiza o sofrimento da mãe ou seu subsequente suicidio... Somente narra a história da maneira mais objetiva e distante possível (incluindo muita auto-crítica) - mas um texto poderoso e que dificilmente vai ser esquecido pelo seu leitor.

Como eu disse: Incrível.


 

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