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1 de junho de 2013

Crônica de mudança de ares

Junho começa de maneira estranha, e se mais nenhuma palavra for dita pode ter certeza de que esse é o sumário mais completo e perfeito para esta história.

Uma noite fria de outono que quer ser inverno com uma lua tímida, mas não menos brilhante por isso, de uma cidade interiorana pequena e sem opções. Bares fechados, casas noturnas que funcionam esporadicamente e a ausência de qualquer evento (ou perspectiva de) requisita o movimento constante e semi-galináceo ciscando de canto em canto.

O frio não abandona, e as surpresas são muitas, sejam os preços abusivos, sejam as pessoas permissivas, sejam as coisas que não se encaixam, seja a música da qual não se escapa...

"Há uma escuridão no limiar da cidade", mas não é isso que se ouve. Ha, que numa noite fria de outono de uma cidade interiorana pequena com bares fechados e casas noturnas que funcionam esporadicamente se ouviria a voz ou a guitarra de Springsteen!
Não, não... Todo mundo sabe o que se ouve, e que o tempo traga o merecido ostracismo a isso.

Mas há. Há uma escuridão penetrante que persegue e cativa durante a noite.
Ela busca e atiça aos poucos, oferecendo belos cantos de sereia ou curiosos presentes para atiçar a mente e exercitar os membros.

A noite segue trazendo vida, tomando forma, oferecendo risco e deixando o riso.
Há loucura e caos, e nada parece fazer sentido num eixo maligno e perigoso, moldado somente para perturbar. Para acabar com o sono ou com a motivação.

Não se iluda: É apenas mais uma noite de sexta à noite.
E dela é sempre o caos o único a governar!

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