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8 de maio de 2013

Eddas esquecidas – A feiticeira do gelo


1. Os bravos homens de Novgorod foram |ao mundo conquistar,
Aos reinos além de Yïmir | entregar sublime;
A sabedoria da espada | e a benção do fogo,
Aos homens que se opuserem | aos guerreiros de Novgorod.


2. A cidade protegida | parecia inabalada,
Os portões irredutíveis | os cidadãos convictos;
E a batalha sem fim |sem folga, sem fogo,
Que só a paciência | e a estratégia findariam.


3. “Partam, homens malditos | deixem nossas terras,
Deixem nossas mulheres | deixem nosso gado;
Procurem outras batalhas | das quais queiram participar,
Deixem esta terra em paz | e não voltem mais”.


4. Hah, cretinos filhos do carpinteiro | não conhecem os homens de Novgorod,
Não ouviram de sua dedicação | de seu afinco;
Mas o saberão bem | quando a lâmina afiada,
Fazer cumprir a profecia | trazendo a nosso povo a alegria.

5. Numa tarde | nosso nobre líder,
Destacou um grupo| dos mais bravos guerreiros;
Impávidos e inigualáveis | merecedores do Valhalla,
Para provar sua índole | e encontrar sua glória,
“Meus soldados | grandes homens de Novgorod
Jamais temam a morte | ou fome ou guerra
São os melhores que temos | façam por merecer,
Cumpram a missão | honrem nossa terra!”

6. “Sigfrid| filho de Aÿmir,
Hamar | filho de Ravgud;
Gjök | filho de nosso líder,
Honrem as calças que vestem | honrem os lares que representam”.

7. Quando o destino clama | os homens tardem a entender,
A natureza de seu chamado | ou a importância de sua súplica;
Até que os motivos | são revelados perante seus olhos,
E nem a mais sábios | se fará compreender.

8. Nas ruas e vielas | da cidade sitiada,
Não se anda ou se move | sem chamar atenção;
Seja dia ou noite | não se move furtivamente,
A não ser que pelos túneis | e esgotos subterrâneos,
Por isso é que dizem | que é um serviço sujo,
Mas há de se precisar | alguém para fazê-lo.
9. Não há palavras | nesse idioma ou outro,
Para descrever com exatidão | a crueldade e loucura;
Que adornam as paredes | teto e chão,
Com os restos de guerreiros | nobres e santos,
Do sepulcro é templo | erguido ao redor da mulher perdida,
Com um olhar gelado | de partir ossos,
Morta sem esmorecer | ela amaldiçoa a todos,
Que impedissem | o caminho de sua vingança,
E clama que até lá | não haveria paz,
Até que ela possa | enfim descansar.


10. Não foi fácil | nem menos trabalhoso,
Remover da catacumba | a feiticeira desmorta;
E a Hamar só restou encontrar | seu destino na travessa,
Não sem antes | levar consigo os opositores,
Ao inferno da guerra | para morrer sorrindo,
Sabendo que com isso | teu nome entra pras canções e glória!


11. O sucesso se fez | a missão se cumpriu,
Mas um serviço ainda se devia | e o barco já esperava;
Para que o funeral | que ela tanto esperava,
Se fizesse com honras | e a despedida.


12. Fez-se a cerimônia | com sacerdotes,
Líderes e nobres | como deve ser ao enviar a alma de um feiticeiro;
O barco parte | e as chamas crescem,
E a mulher desmorta | segue rumo horizonte.


13. Somente o fogo | não parece vingar,
E por mais que se tente | e a madeira queime;
O barco segue vagaroso | como se passeasse,
Invés de conduzir | uma alma para o conforto,
E quem sabe | se realmente poderia?

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