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24 de abril de 2013

EDITORIAL> Prestando um desserviço à população

Juro que não tinha o menor motivo para comentar o caso do atentado(?) de Boston (sim, admito o trocadalho, mas eu gostei), mas é impossível ignorar algumas coisas tão gritantes quando nos são apresentadas...

Como:
"Estou cansado dessa merda de terroristas fodendo c/ nosso país. Foda-se, bombardeem a Tchecoeslováquia"
Parte da coluna semanal do Collegehumor chamada 'twidiots', que traz outros exemplos ainda mais estúpidos de um revanchismo cego e cretino da população americana. Tão cego e cretino ao ponto de não saber a diferença entre Chechênia  e Tchecoeslováquia (pais que sequer existe, dissoluto entre a República Tcheca e a Eslováquia... E isso só faz alguns VINTE E UM ANOS).

Ou o fato da justificativa para utilizar uma bomba nuclear em um país pelo fato de dois individuos - que até o presente momento, sem confirmações e explicações oficiais, ainda persistem como SUSPEITOS (cuidado, algumas imagens são chocantes), e mais que isso, SEM QUALQUER VÍNCULO DIPLOMÁTICO com seu pais de origem.

Ou a manipulação de fotos pela mídia para que uma homem em cadeira de rodas passasse por amputado graças às explosões...

Assim como a manipulação da mídia para chocar com a imagem de um rapaz amputado - que na verdade
E as más explicações são objeto de muita discussão na mídia especializada, e na Folha de São Paulo (sacou a piadinha, né?) gerando até um bem detalhado infográfico (infelizmente totalmente em inglês).

E o que de fato vemos numa soma desses fatores, me parece assustador.

Num espaço em que a informação é tão rápida, direta e acessível, o que nos é e nos representa essa total e completa falta de filtros - exposta de forma gritante pelos noticiários e até mesmo pelas agências de investigação?


Será que os meios julgam sua audiência assim tão capaz de julgar verdade e ficção quando quase cinquenta anos depois ainda discutimos se o homem pisou na Lua - ou outros grupos que dizem que o Holocausto é uma lenda?

Será que estamos realmente preparados para a tal 'Era da Informação', em que esta surge de tantas e tão diferentes formas, sem qualquer distinção ou restrição (afinal, papel/tela de computador aceita qualquer coisa, e ondas eletromagnéticas não conhecem barreiras).

Finalmente pergunto, será que algum dia saberemos (ou alguém saberá) o que de fato ocorreu?

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