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21 de agosto de 2012

Pythonianas

Cena: Uma residência comum, tipicamente brasileira (quadro de time de futebol na parede, vasos com samambaias espalhados pela casa), especificamente na sala. Três personagens (pai, mãe e filho) encontram-se sentados.

Filho: Mãe, pai... Tem uma coisa que eu preciso contar pra vocês. É algo bastante difícil (segura o choro)... Eu tentei falar por muito tempo... Mas...

Mãe: Filho, não importa o que acontecer, você precisa saber que a gente sempre vai te amar e apoiar (aproxima-se e abraça o garoto, confortando-o, o pai não se mexe).

Filho (limpa as lágrimas): Então lá vai.... (pequena pausa) Mãe, pai... Eu tenho um mestrado.

Mãe: Nãããããããããooooo!! COMO PODE ACONTECER UMA DESGRAÇA DESSA, MENINO!!?

Pai: São essas más influências... Eu sempre desconfiei que esse moleque era um transviado! Enquanto os outros guris estavam jogando bola, esse animal ficava estudando! Onde esse mundo vai parar, eu pergunto Rita? Onde esse mundo vai parar!?!?

Mãe: Flavinho... (Começa a chorar) Meu Flavinho.... (Afunda o rosto no braço do pai). PORQUE!!??!?

Filho: Assim que você se acostuma, não é assim tão ruim... Eu conheci muita gente que tem que lidar com essa mesma situação... A Denise minha namorada também...

Mãe (transtornada): Eu sabia... Eu sabia que essa sirigaita ia desvirtuar o meu anjinho... Eu sabia!!! (desanda a chorar de novo, e sai da sala).

Filho (levanta, olhando na direção da mãe): Mas... Eu não queria que...

Pai (conduzindo o pai até a porta para): Você já fez demais, meu filho. Vai embora agora... Eu e sua mãe precisamos de um tempo pra acostumar com a ideia... Você precisa entender que não é fácil pra um pai descobrir que... Descobrir que seu filho (segura o choro)... Descobrir que seu filho tem... mestrado (cai em lágrimas, após fechar a porta na cara do filho).

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Falta a chegada do inspetor Fox da Scotland Yard, mas já tá de bom tamanho...

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