Já faz uns sete meses no mínimo desde que eu terminei de ler o livro da jornalista Elizabeth Kolbert, ganhador do prêmio Pulitzer - e excelente publicação da editora Intrínseca - mas não sei exatamente porque cargas d'água simplesmente não escrevi uma única linha sobre o assunto até agora. Só por abrir com uma citação de Jorge Luis Borges o livro já subiu bastante no meu conceito, mas a leitura é fácil graças ao excelente texto de Kolbert (uma excelente jornalista, como o livro mostra).
O livro é dividido em treze capítulos expondo de maneira gradual uma narrativa única e assustadora: A humanidade é responsável por evento de extinção (e talvez o maior desde então). Longe de ser alarmista, a autora destaca o quanto as coisas estão em curso há muito mais tempo que nós imaginávamos (com a humanidade causando extinções de espécies bem antes da revolução industrial e da invenção das armas de fogo), e, que, bem, ainda que existam muito mais perguntas que respostas, os fatos são bem claros e inegáveis.
De microrganismos aos neanderthais, o livro passa por todo o globo e explica de maneira bem sucinta e fácil quase uma enorme camada de teorias da macrobiologia dos últimos duzentos anos (da evolução aos grandes eventos de extinção - abaixo na figura - com as explicações sobre os meteoritos e como isso mudou o cenário científico).
Achei apropriado comentar do livro na semana do meio ambiente, ainda mais que é extremamente contundente, e, sem sombra de dúvidas um dos melhores livros jornalísticos (com uma pesquisa impecável, com um trabalho certeiro e bem ordenado e simples para justificar a tese proposta), e recomendo bastante a leitura.
Quer dizer, sei que terão os malucos para defender que aquecimento global é só um mito e que o cigarro não faz mal e aquela coisa toda, afinal, se existem pesquisas patrocinadas por empresas e lobbys que se beneficiam com esses resultados sugerindo que existe dúvida, porque não acreditar mais nessas obras maquiadas e compradas que em trabalhos isentos desenvolvidos por profissionais sérios e competentes, de instituições renomadas e conceituadas não é mesmo?
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