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21 de novembro de 2015

{Analisando Arkham} Com doutores assim, pt2 - Arlequina!


Arte Terry Dodson
Nome: Harleen Frances Quinzel (sério)
Formação: Doutora em Medicina e Psicologia;
Primeira Aparição: Batman The Animated Series (1992); Criada por Paul Dini e Bruce Timm;

Em comparação com outros personagens da looooooooooooooooooonga lista de antagonistas do homem morcego, ela até parece bastante racional, lógica e coerente.

E a verdade é que ela É bastante racional e coerente.
Iludida, claro, com uma visão bastante peculiar do mundo - em suas encarnações mais famosas, do modelo clássico ao lado não o modelo de 'enfermeira tarada', ela vê na figura do assassino Coringa um parceiro romântico ideal.

Hoje a personagem mudou um pouco, e se tornou uma das facetas clássicas do Coringa: Ainda que PAREÇA e AJA como louca, fica bastante claro que ela sabe muito bem o que está fazendo.
Suas motivações são nítidas e claras. Ela chegou ao Arkham com a intenção de ficar famosa, e mesmo ao colocar um uniforme colorido e resolver enfrentar o Batman, essa intenção de ficar famosa e construir um nome para si própria parece corrente. Inclusive com o fato que a alegação de insanidade no sistema jurídico americano concede benefícios de tratamentos psiquiátricos no lugar de encarceramento.

Isso inclusive é o grande ponto da personagem, e o fator mais fascinante de sua caracterização.
Sua insanidade é tão fora da curva que a torna racional ou ela é tão racional e brilhante que chega a ser insana? Sua insanidade é mera fachada para justificar uma libertação das regras da sociedade para que ela faça o que lhe bem dê na telha ou essa mulher é realmente maluca?
Perguntas, perguntas e mais perguntas.
Respostas são muito poucas (mais especulações), mas na minha opinião ela não tem nada de maluca não. Diria até que na escala das coisas, ela é uma das personagens mais racionais do universo do Batman.

Ela usa a máscara e uniforme colorido como uma forma de libertação, como se faz no Carnaval, por exemplo. Sem que seja reconhecida, não existem regras ou limites que ela precise seguir.
Ela não é mais a psicóloga que estudou décadas para entender um mínimo da psique humana, ela é alguém capaz de extravasar todo desejo (e delírio) contido em seu organismo e fazer o que bem entender, o que bem lhe der na telha.
Algo como aquela estrutura Freudiana da estruturação da personalidade (id, Ego e Superego - o desejo, a razão e o mediador, de maneira simplória), em que para ela, com a máscara no rosto só há o id, só há desejo, e ela faz o que bem quer.
Enquanto isso não compreende alguém efetivamente racional (pois falta a estrutura do ego e principalmente do superego para suprimir os desejos e compreender o ponto entre ele), Harley não se demonstra preocupada ou incapaz de agir e reagir com relação a tudo isso.
Na verdade ela só não se importa.

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